ABUSO SEXUAL

Percebe-se que no mundo vários seres humanos ainda sofrem de abusos sexuais, tanto mulheres, quanto homens e de diversas idades. Se tornando vítimas silenciosas da agressão sexual. E muitas das vezes o agressor é uma pessoa querida e de confiança, que solicitará o silêncio e o perdão, como se fosse simples apagar sensações, dores e traumas emocionais sofridos. Além do que, a vítima sendo coagida a esquecer sentirá culpa, medo, ódio, e raiva (sentimento). Ou seja, um ego enfraquecido e ameaçado. Esta pessoa sentirá raiva de uma outra pelo fato desta ter afrontado ou ridicularizado o seu ego. A raiva, neste caso, é uma tentativa de proteção ao impor-se uma postura agressiva diante da afronta. Denuncie!

Abuso sexual é a denominação vulgar e legal para designar uma série de práticas sexuais onde há o desvirtuamento de alguns pressupostos necessários para sua ocorrência, tais como a falta de consentimento, ou uso da violência, física ou moral. O abuso sexual interessa ao Direito, pois configura crime, e ainda à Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria, como potencial causador de diversos traumas emocionais.

Exemplos de abusos sexuais:

• Ato sexual forçado: tal como estupro (ato de esforçar alguém a ter relações sexuais contra a sua vontade, por meio de violência ou ameaça, violação) ou curra (violação sexual praticada por mais de uma pessoa ou com cumplicidade de outro ou outros - geramente consumo de drogas) Crime.

• Assédio Sexual: Formas psicológicas de abuso, como o uso de frases derrogatórias, (caracteriza-se por alguma ameaça, insinuação de ameaça ou hostilidade contra o subordinado. lei nº 10224, de 15 de maio de 2001: "Constranger alguém com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.") Crime.

• Exploração Sexual: é o meio pelo qual o indivíduo obtém lucro finaceiro por conta da prostituição de outra pessoa, seja em troca de favores sexuais, incentivo à prostituição, turismo sexual, ou rufianismo (cafetão) Crime.

DENUNCIE E BUSQUE AJUDA

A FOBIA COMO OBJETO DE DESEJO OU ANTI-DESEJO

Para Lacan, a fobia é um objeto paradoxal no campo do desejo, pois não é o desejo que se busca, ao contrário é um objeto do qual se foge. Ou seja, um objeto repulsor, que não se deseja. 

No seminário IV, ele relata que o objeto fóbico não é tanto um objeto, mas é antes um significante. Percebe-se que esse significante causa uma angustia, um medo para aliviar a sensão de temor. Todavia neste seminário não há uma conclusão entre objeto e significante.

A fobia caracteriza pelo temor ou aversão exagerada ante situações, objetos, animais ou lugares.


Sob o ponto de vista clínico, no âmbito da psicopatologias, as fobias fazem parte do espectro dos transtornos de ansiedade com a característica especial de só se manifestarem em situações particulares.

Com isso, o tratamento mais indicado são as análises e psicoterapias diversas:

Comportamental - A exposição controlada e progressiva ao objecto fóbico. Neste caso através de técnicas de relaxamento e controle da ansiedade procura-se dessensibilizar o indivíduo.

Cognitivo - Ajuda-se a reestruturar os pensamentos anómalos. Este objetivo é conseguido através da aquisição de informações sobre o objeto ou a situação fóbica.

Psicodinâmico - Busca o entendimento e elaboração do(s) significados simbólicos do sofrimento e dos sintomas desenvolvidos.

São varios os tipos de fobias:


1.Agorafobia - Medo de estar em lugares públicos concorridos, onde o indivíduo não possa retirar-se de uma forma fácil ou despercebida.

2.Fobia Social - Medo perante situações em que a pessoa possa estar exposta a observação dos outros, ser vítima de comentários ou passar perante uma situação de humilhação em público.

3.Fobia Simples - Medo circunscrito diante objectos ou situações concretas.

Os comportamentos fóbicos podem existir em níveis variáveis de pessoa para pessoa, pelo que nem sempre é necessário recorrer à ajuda especializada. Algumas pessoas poderão identificar-se com pequenos indícios das manifestações descritas anteriormente, sem que isso implique que possam ser rotuladas de fóbicas.


O importante é identificar quaisquer comportamentos de fuga que estejam a condicionar o seu dia-a-dia e tentar vencê-los, até que praticamente desapareçam os significantes. Assim, enfrentar pouco a pouco esse medo que para alguns é infundado se torna um dos caminhos para vencer as fobias.

Roberta Deyja
Psicanalista Didata
Contadora, empresária